A mostrar mensagens de julho, 2018Mostrar tudo
preparação para o ir
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a organização não é nem nunca foi o meu forte. faço listas das coisas que quero levar para férias. do que não me posso esquecer, e ainda derivadas em post-its ou cantos de folhas de papel rasgado. as minhas listas nunca têm tudo o que é suposto terem. não sei porque as faço. não é pela utilidade que quem é assim não tem salvação possível. é mais para me enganar e sentir que  controlo alguma coisa do que vai nas malas. e nos sacos. saquinhos. que se multiplicam. como a roupa. começa por sair das…

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ode aos (meus) avós
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à minha bisavó do coração E. pela paciência que sempre teve. pela tolerância às minhas asneiras. por me ter ensinado a rezar e por não me obrigar a fazê-lo quando não me apetecia. por nunca me ter dito "não". por me ensinar que o mimo não estraga. só educa para a felicidade. por permitir e se rir da cozinha suja (muito suja) de farinha. a minha bisavó da pele macia, cabelo de algodão. brincos trabalhados nas orelhas rasgadas. das caixas e caixinhas. deleite de infantil curiosidade.…

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7 anos. Já?!
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há 7 anos atrás inauguraste a minha vida de novo. nasceste e fizeste-me renascer. toda a realidade conhecida foi motivo de obras. não das de manutenção. das outras. as estruturantes que derrubam paredes. tu meu filho ofereceste-me a mais bonita de todas as bênçãos. a de ser mãe. mas o melhor de tudo não se esgotou nesse dia. nem nos seguintes. acontece diariamente. em jeito de milagre continuado. sempre quis ser mãe. mas ser tua mãe supera tudo o que alguma vez tenha conseguido conjecturar sob…

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entrelaçados
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dizem que desde cedo brincava com as minhas mãos. tenho memórias disso. deitada à espera que o sono viesse os dedos ganhavam vida. aqueles através dos quais o meu avô materno me reconheceu. entre tantos outros recém-nascidos. eram os mais compridos e iguais aos da mãe disse. desde cedo também tu começaste a brincar com as tuas mãos. para adormeceres começávamos com carícias nas palmas de cada uma. mais para o meio mamã. agora só nos dedos. conduzias-me quando ainda não falavas. e eu ouvia-te. …

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um (a)caso de Fé
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um brinde a estes acasos que nos devolvem a (minha) verdade. tinha-te perdido. eu só eu. deixei de te sentir. de acreditar. de te procurar. a minha fé ficou adormecida. circunstâncias da vida. escolhas. prioridades. sem desculpas. mas às vezes temos que nos perder para nos deixarmos resgatar mais tarde. o que vão fazer hoje? preparar musicas para uma cerimónia de amanhã. são bem vindos se quiserem aparecer. vamos? fomos. sem saber bem ao quê. e de repente ali estávamos. entre caras desconhecid…

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tátá
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tátá. mistura de tia com carolina que baptizaste ainda pequeno. a minha única tia verdadeira. sim, e também a única que te conhece como só uma irmã-de-mãe pode conhecer. e não te esqueças do hugo, mamã, que também me trata muito bem. gosto de passear com eles. queres contar? não. sorriso largo. cumplicidade em jeito de segredo. a tátá é mais nova que tu muitos anos. sim e nem sabes agora a sorte que tens e que terás sempre pelos 11 anos que nos separam. quando não consigo chegar a ti, chamo-a. …

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espelho(s)
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há a forma como nos vemos. a forma como achamos que os outros nos vêem. há quem realmente somos e ainda o como somos percepcionados. nada como de vez em quando olhar para as duas faces do espelho. pedir que nos mostrem o outro lado. faço-o com frequência. exercício para melhor me compreender. e aos outros. para redireccionar. tenho em mim pessoas (diferentes entre si. de mim) capazes de me auto-retratar de forma justa. sem floreados. doseando verdades duras e palavras meigas. uma bênção a qu…

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Prefácio
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para quando um blogue? a pergunta veio directa. não tenho conceito, a minha vida é tão banal. o que te inspira? escrever, comentar as minhas venturas e desventuras, pessoas, imagens, cores, cheiros, ritmos. não digas isso. a tua vida é tão banal quanto a de outras pessoas. não penses assim. se gostas de escrever sobre ti é isso que deves fazer. se isso te sabe bem, é só começares. acho que já comecei. era pequena. em folhas “queridas” que despertavam os sentidos ficaram as primeiras tentativas…

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