7 anos. Já?!

há 7 anos atrás inauguraste a minha vida de novo. nasceste e fizeste-me renascer.
toda a realidade conhecida foi motivo de obras. não das de manutenção. das outras. as estruturantes que derrubam paredes. tu meu filho ofereceste-me a mais bonita de todas as bênçãos. a de ser mãe. mas o melhor de tudo não se esgotou nesse dia. nem nos seguintes. acontece diariamente. em jeito de milagre continuado. sempre quis ser mãe. mas ser tua mãe supera tudo o que alguma vez tenha conseguido conjecturar sobre a experiência da maternidade. o que é isto na testa do meu filho? a mão de deus. uma marca de nascença? vai desaparecer? esperemos que não. como o seu vi poucos ao longo destes quase 30 anos de casa. o meu coração acelerou. cego com uma estupidez imediata sobre a aparência de uma mancha vermelha. hoje compreendo porquê tu. és especial. e não sou (só) eu que o digo. os que contigo privam confirmam-mo. tens umas lentes mágicas para interpretar a vida. um coração que sente para além do óbvio. uma alegria genuína que contagia. uma generosidade que não se aprende. uma capacidade de expressão estonteante. um sentido de humor criativo. distingues bem o certo do errado. e podia continuar. precisava de um livro em branco. talvez daqui a 7+10. este puto está a ficar um homem mamã. os homens não podem ser sensíveis. quem disse? não me lembro. o que queres dizer com ser sensível? ficar assim emocionado com algumas coisas. filho os homens podem tudo. homem e mulheres. mas o que para além de poderes tu deves é ser fiel ao que sentes e não ter receio de o mostrar. és especial. lembras-te disso. parabéns pelo teu 7º aniversário. meu filho. obrigada por me fazeres reinventar para estar à tua altura.

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