tátá

tátá. mistura de tia com carolina que baptizaste ainda pequeno. a minha única tia verdadeira. sim, e também a única que te conhece como só uma irmã-de-mãe pode conhecer. e não te esqueças do hugo, mamã, que também me trata muito bem. gosto de passear com eles. queres contar? não. sorriso largo. cumplicidade em jeito de segredo. a tátá é mais nova que tu muitos anos. sim e nem sabes agora a sorte que tens e que terás sempre pelos 11 anos que nos separam. quando não consigo chegar a ti, chamo-a. afasto-me para vos deixar em conversas, telefonemas prolongados. sentes que lhe podes contar tudo. e contas. e eu não me preocupo. ou preocupo-me  menos. como capitã dar-te-à o melhor de si. sugestões práticas, directas. sem meias palavras que não é pessoa disso. a tátá é forte. pois é. tem um colo quente, um coração grande e protege à séria os seus.  não estás zangada de eu ter chegado tarde? não. ainda bem, tinha saudades dela. que bom. como te costumo dizer, ter saudades é sinal de que gostamos e sentimos a falta. é porque quero estar sempre. é mas sempre não é possível. porque a tátá é adulta e trabalha. mas também faz disparates comigo. sorriso ainda mais largo. contenho o meu. ser tia é isto. é ter um alerta de segunda mãe sem a exigência de imposições. é ser a coruja disfarçada de amiga. a cúmplice no ice tea e em outras coisas que nem me atrevo a imaginar. tratem-se bem. um ao outro. está bem. estou contente. eu sei. agora dorme. a tátá deve estar a preparar-se para fazer o mesmo. e lembra-te: quem tem uma tátá.... tem tudo (em uníssono).



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