espelho(s)

há a forma como nos vemos. a forma como achamos que os outros nos vêem. há quem realmente somos e ainda o como somos percepcionados. nada como de vez em quando olhar para as duas faces do espelho. pedir que nos mostrem o outro lado. faço-o com frequência. exercício para melhor me compreender. e aos outros. para redireccionar. tenho em mim pessoas (diferentes entre si. de mim) capazes de me auto-retratar de forma justa. sem floreados. doseando verdades duras e palavras meigas. uma bênção a que chamo amizades-daquelas. hoje recebi algumas imagens do(s) espelho(s). a inesperada veio de quem não costuma utilizar as palavras como meio de expressão. prefere as acções. a coerência lógica da concretização. "sabes que não sou de grandes palavras mas tenho que te dizer o quão orgulhosa estou de ti. então? o que foi que fiz? nada, ou tudo. tenho-te visto bem, confortável contigo própria e com confiança no que és e no que queres. sinto que estás em paz contigo própria e com uma força que não te tinha visto nestes últimos anos. parabéns por tudo o que conseguiste até agora. obrigada. significa muito para mim esta fotografia vinda de ti". em algum ponto na vida há que ser capaz de exigir o que realmente merecemos. e estar disposto a mudar de rumo se o que está disponível ficar aquém.

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